Reciclagem de cédulas: a evolução do autoatendimento bancário
O setor bancário sempre foi pioneiro em utilização de novas tecnologias. Aliada à busca de conveniência para os clientes, a eficiência operacional (AKA redução de custos) sempre esteve em foco.
Assim, as agências convencionais se tornaram eletrônicas nos anos 80; transações migraram para o autoatendimento nos anos 90. Grandes investimentos em segurança foram realizados nos anos 2000, bem como a migração de transações para a internet. No final dos anos 2010 foi a vez do mobile, começando timidamente como fonte de consultas, agora migrando as transações com movimentação financeira.
No entanto, um ponto de contato com o cliente permanece: quando a transação tem que ser tangível, física. Nessa hora os ATMs continuam fundamentais. Conectando o meio digital ao meio físico, a ATM disponibiliza a entrega de numerário ao correntista, bem como acata depósitos. Mas o ATM evoluiu também. Na busca constante de conveniência e eficiência operacional, a tecnologia de reciclagem de cédulas começa a ser utilizada massivamente pelos grandes bancos e redes. Hoje já existem alguns milhares de ATMs com esta tecnologia em uso no Brasil – e a tendência é de crescimento, com grandes bancos em busca da reciclagem.
O grande ganho desta tecnologia é a otimização de transporte de valores. O caso ideal, de 100% do volume de depósitos ser compensado pelos saques, dificilmente será atingido. Mas dependendo do perfil do ponto de instalação, pode-se atingir ganhos de 30 a 70% nos valores de transporte de valores.
Uma outra modalidade de abastecimento que pode e está sendo explorada é a combinação de saques de pessoas físicas com depósitos de comerciantes. Máquinas instaladas em supermercados e locais com grandes volumes de dinheiro em espécie podem ser abastecidas pelos lojistas, reduzindo o uso de carro forte.
Na ponta da conveniência, o cliente vê seu depósito acatado imediatamente em sua conta. Ao sacar, o valor da cédula é verificado, dando mais segurança e acurácia na transação.
Mas por que a transação física é importante?
O meio de pagamento em papel moeda é muito utilizado no Brasil, variando de região para região. Nossa grande diversidade cultural e econômica provoca diferentes utilizações de meios de pagamento. Ainda assim, segundo dados do Banco Central (*), 60% das transações são realizadas com efetivo no país. Normalmente transações de valor mais baixo e mais casuais são preferidas. Ou para agilizar a transação – locais como feiras e comércio popular concentram muito numerário.
Um outro ponto importante é o aumento no número de transações. Segundo o estudo CIAB Febraban 2019 (**), de 2014 a 2018 o número de transações saltou 62%, para 78,9 bilhões. O grande crescimento foi nos canais mobile e POS, mantendo as transações em ATM estáveis.
Este mesmo estudo aponta que o ATM é cada vez mais utilizado para transações com movimentação financeira. O número de saques aumentou 4% de 2017 para 2018.
O número absoluto de ATMs no Brasil vem diminuindo discretamente nos últimos anos. Isto se deve ao fato do nosso mercado já estar maduro, e também da expansão da rede externa de ATMs. Muitos bancos que mantinham ATMs próprios em pontos de terceiros passaram a disponibilizar seus serviços através da rede, mantendo a qualidade do serviço, mas com parque instalado menor.
Desta forma, acreditamos que o ATM está em evolução e permanecerá por muito tempo no cotidiano das transações financeiras.
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